São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Maciel é o mais cotado para vice na aliança
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O PFL já dá como certa a aliança eleitoral com o PSDB e que caberá ao partido a indicação do vice na chapa com o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. A cúpula do partido aposta na escolha de um parlamentar pernambucando para vice. O nome mais cotado é o do líder do PFL no Senado, Marco Maciel. Para isso, está sendo articulado um trabalho de convencimento junto aos governadores da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, e de Minas Gerais, Hélio Garcia, a fim de que eles dêem o aval ao nome de Maciel.O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, comunicou às cúpulas do PPR, PP e PTB que a conclusão "largamente majoritária" do levantamento com as chamadas "bases" do PFL nos Estados: o partido deve fechar a aliança com o PSDB, caso ACM não seja o candidato. Segundo Bornhausen, até o grupo sarneyzista –ligado ao ex-presidente José Sarney– decidiu-se pelo apoio a FHC. Bornhausen jantou ontem em sua casa com os presidentes do PPR, Esperidião Amim, e do PP, Álvaro Dias, e com o provável futuro presidente do PTB, José Eduardo Andrade Vieira. Dias e Vieira, que também pretendem se candidatar à Presidência da República, tentaram convencê-lo a adiar a aliança com o PSDB, mas Bornhausen não aceitou. Seu argumento é o de que precisa responder antes de 2 de abril ao prefeito Paulo Maluf a conclusão de seus entendimentos com o PSDB. "Maluf fez uma proposta formal de aliança ao PFL. Não podemos protelar a resposta sob pena de ele depois reclamar que abandonou seu mandato à espera de uma aliança e nós não cumprimos nossa parte", disse Bornhausen. "Saí do jantar com o consolo e alegria de que o PPR é o segundo na preferência de todos ali, mas convencido de que infelizmente anda muito avançado o namoro do PFL com o PSDB", disse Amim. José Eduardo e Álvaro Dias também não ficaram satisfeitos. "Não concordo com a pressa do PFL. Antes, eles deviam se certificar de que a candidatura FHC realmente vai crescer. Só no final de maio é que teremos esse quadro", disse Andrade Vieira. A preferência de um pernambucano para vice do PFL na chapa com FHC resulta da avaliação de que, em Pernambuco, o partido já deu o exemplo de que a aliança tem força eleitoral. Lá, PFL e PSDB se juntaram para apoiar a candidatura do peemedebista Jarbas Vasconcellos a governador. Mas, para emplacar Maciel, a cúpula pefelista depende do aval de ACM. Na próxima semana, Bornhausen pretende se encontrar com todos os governadores do PFL.(GD e TF) Texto Anterior: PSDB pressiona ministro Próximo Texto: Fleury pressiona PMDB para indicar candidato Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |