São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994
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Fleury pressiona PMDB para indicar candidato

KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho, decidiu ameaçar se retirar do processo de escolha do candidato do PMDB à sua sucessão, caso a Executiva paulista insista em realizar uma prévia. Fleury se reuniu ontem com os deputados Roberto Rollemberg e João Osvaldo Leiva, respectivamente presidente e vice do PMDB paulista.
O governador resolveu pressionar a Executiva, por achar que a proposta de prévia minimiza seu poder na escolha do candidato. A Folha apurou que Fleury retiraria o apoio da máquina do Estado a um candidato sem seu aval.
Membros da Executiva tendem a recuar em relação à prévia e evitar o confronto com Fleury. Eles avaliam que obtiveram o pretendido: levar o governador a discutir com eles a sucessão estadual. Fleury tem dito que "manda" na sucessão estadual e que "ninguém será candidato" sem seu apoio.
Após ficar sem espaço no PMDB e desistir de seu projeto presidencial em favor do ex-governador Orestes Quércia, Fleury quer controlar a indicação do candidato. A Folha apurou que Quércia não pretende entrar na disputa entre a Executiva e Fleury. O ex-governador acompanha o processo e admite que Fleury o coordene, mas quer um candidato viável para não atrapalhar sua candidatura à Presidência.
No Palácio dos Bandeirantes, avalia-se que cresce a possibilidade de o deputado federal Wagner Rossi obter a indicação. Os três pré-candidatos oficiais são: os ex-secretários estaduais Michel Temer e Alda Marcoantônio e o deputado estadual Barros Munhoz. O secretário estadual de Planejamento, José Fernando da Costa Boucinhas, também é cotado.

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