São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994 |
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Maluf faz festa familiar para inaugurar túnel
LUÍS EDUARDO LEAL
Maluf chegou às 11h, aguardado por seus familiares e por uma platéia de aproximadamente 2.000 pessoas –estimativa da Guarda Civil Metropolitana. Ouviu o Hino Nacional de mãos dadas com a mulher, Sylvia, e com a tia Barbara, irmã de Maria Maluf. Enquanto a banda executava o hino, um grupo de não mais do que 15 pessoas ergueu três faixas ao lado das muitas com nomes de vereadores saudando ou parabenizando o prefeito. As três faixas faziam referência ao "não-pagamento das desapropriações" de casas para a construção do túnel e a rachaduras que teriam sido provocadas pelas obras. Enquanto o secretário de Vias Públicas, Reynaldo de Barros, saudava o "estadista, homem público realizador", o pequeno grupo gritava de longe slogans contra o prefeito –Maluf manteve-se de lado para os manifestantes, sorrindo. "Quero começar saudando trabalhadores como vocês, que não tinham emprego durante os quatro anos em que essa obra ficou criminosamente paralisada por políticos que têm calos na língua, mas não têm calos na mão e nos pés", disse Maluf ao pegar o microfone, se dirigindo aos operários da obra e fazendo referência à gestão anterior, do PT. Aplaudido, Maluf ainda entregou uma placa a um dos operários e uma moto, sorteada para outro trabalhador. Descerrou a placa inaugural ao lado da mulher, Sylvia, da tia Barbara, da irmã Tereza e do irmão Roberto –a quem havia beijado no palanque. A família reunida seguiu em uma picape pelo túnel. Ao chegar ao outro lado, Maluf assumiu a direção de uma Variant emprestada e rumou até outra placa, também descerrada. "A minha mãe, todo mundo que a conheceu sabe, era um padrão de virtude e decência; era uma santa. Ela mereceu." Texto Anterior: Empresário sequestrado consegue fugir de cativeiro Próximo Texto: Câmara aprovou nome Índice |
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