São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresário sequestrado consegue fugir de cativeiro

EDNA DANTAS
DA SUCURSAL DO RIO

O empresário Luis Felipe Raunheitti, 37, filho do deputado federal Fábio Raunheitti (PTB-RJ), conseguiu fugir na madrugada de ontem do cativeiro onde estava, desde o dia 1º de março, quando foi sequestrado. Cerca de 10 kg mais magro, o empresário teria aproveitado o cochilo de dois sequestradores para fugir pela porta da frente da casa usada como cativeiro, em Bento Ribeiro (zona norte).
Segundo a família, Luiz Felipe pulou, na fuga, um muro de aproximadamente dois metros e foi perseguido por cães do quintal vizinho. Ferido nas pernas e nos braços, o empresário teria corrido uma distância de cerca de um quilômetro até refugiar-se em uma casa vizinha a um motel.
O filho do deputado fez cinco ligações telefônicas à procura do pai –um dos envolvidos no escândalo do Orçamento no Congresso– e irmãos. Conseguiu falar com o sogro, Abílio Augusto Távora, que o levou para casa, no município de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense, a 40 km do Rio), às 6h, cerca de quatro horas após a fuga.
Abatido, o empresário contou que no momento do sequestro levou socos e coronhadas, sendo carregado para o porta-malas de um Gol cor prata, onde ficou por cerca de 20 horas. Nos seis primeiros dias do sequestro, o empresário permaneceu com os olhos vendados e pés e mãos acorrentados.
A família Raunheitti tinha marcado para hoje o contato final com os sequestradores. O resgate estava fixado em US$ 2 milhões.
O delegado titular da DAS (Divisão Anti-Sequestro), Hélio Vigio, disse que já tem idéia de quem são os sequestradores de Luis Felipe. (Edna Dantas)

Texto Anterior: Cratera em rodovia traga caminhão e Fiat e mata um
Próximo Texto: Maluf faz festa familiar para inaugurar túnel
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.