São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 1994
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Aliança PSDB-PFL; Acinte; Pioneirismo; Longe da unanimidade; FHC, o candidato do centro; Exagero e preconceito; Ombudsman; Escola de Sociologia e Política; Programa do PT; Prêmio Folha; Cinco atacantes; Qual minoria?

Aliança PSDB-PFL
"Congratulo-me com a boa análise de Clóvis Rossi publicada em artigo na Folha da edição de 16 de março."
Lidice da Mata, prefeita de Salvador (Salvador, BA)

Acinte
"O governo federal pede sacrifícios à população. Resposta de 296 deputados: aumentaram seus salários em 35%, para CR$ 6 milhões de cruzeiros reais, cem vezes mais do que ganha a maioria de seus eleitores. Exige-se dos senadores barrar essa vergonha."
Paulo Sérgio Pinheiro, professor de Ciência Política da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Pioneirismo
"Parabéns à Folha pelo seu pioneirismo técnico no jornalismo nacional, ingressando na era da foto digitalizada e informatizando todos os seus procedimentos jornalísticos."
Mário Negreiros dos Anjos (Niterói, RJ)

Longe da unanimidade
"Em resposta ao artigo do sr. Daniel Piza sobre a minha exposição retrospectiva no Masp, publicado na Ilustrada do dia 8/03, gostaria de esclarecer alguns pontos. Não almejo a unanimidade da crítica a meu favor. Longe disso, sempre aceito uma crítica fundada numa opinião consistente. A crítica sobre as obras 'Leviathan' e 'Monólogo' é meramente superficial, fruto de uma cultura de história em quadrinhos que nada tem a ver com a minha obra. Os equívocos se sucedem a ponto de confundir a 'Paisagem da Rua Fagundes' (São Paulo, 1942) com uma suposta paisagem do Pará, ou de 'monstrengos' de 'grand guignol' de 'distorções sensacionalistas', quando na verdade o 'grand guignol' era um teatro especializado em espetáculos realistas de cenas sadomasoquistas, mais perto das pinturas da contra-reforma do século. Poderia continuar se não fosse tediosa a tarefa de tentar esclarecer um repórter cuja ignorância só é superada pela sua arrogância. Só posso lamentar que um jornal de grande difusão como a Folha não tenha em sua equipe um profissional com real conhecimento da história da arte."
Flávio-Shiró, artista plástico (Rio de Janeiro, RJ)

FHC, o candidato do centro
"Um importante debate foi aberto por essa Folha com o artigo de José Arthur Giannotti (Tendências/Debates, 13/03). O eixo central da argumentação de Giannotti em defesa da candidatura do ministro Fernando Henrique, ou seja, do centro, é a suposta paralisia da esquerda e sua incapacidade de compreender os rumos do capitalismo contemporâneo. Giannotti tem certa razão. Mas seria razoável acreditar que o centro, aliado à direita fisiológica, poderia promover essas reformas? A polêmica levantada por Giannotti suscitará um bom debate. Maria Victoria Benevides comprou a briga (17/03). Sua réplica, porém, foi muito fraca."
Wellington Almeida (Brasília, DF)

"José Arthur Giannotti é sem sombra de dúvida um dos mais brilhantes intelectuais deste país. Mas, subsumido por conflitos de ordem ideológica, revela-se incapaz de analisar o movimento sucessório sem desprender-se de seus preconceitos de classe –como no artigo de 13/03, onde revela a sua paixão pelo centro. As suas formulações parecem ditadas pela mídia."
Manoel Dias Galvão (Manaus, AM)

Exagero e preconceito
"Jornalistas da Folha, como Gilberto Dimenstein e Carlos Heitor Cony, assumiram o papel de interlocutores críticos do PT. Mas por que não o fazem com mais respeito e de um modo menos alarmista? Reagem com exagero e preconceito, o que os torna superficiais. Não sei o que temo mais para a democracia: a grosseria dos militantes ou a dos jornalistas."
José Moura Gonçalves Filho (São Paulo, SP)

Ombudsman
"Assinante há algum tempo dessa Folha, que reputamos o melhor jornal do país na atualidade, ressaltamos nossa satisfação pelo extraordinário desempenho da jornalista Junia Nogueira de Sá no exercício da função de ombudsman, sem qualquer demérito aos seus antecessores. Merece, de fato, a Folha aplauso pelo arrojo da iniciativa, aliás pioneira em toda a América do Sul e já agora seguida por outros jornais brasileiros."
Alceu Ezequiel Monteiro (Aracaju, SE)

Escola de Sociologia e Política
"Como ex-aluno da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, fiquei sensibilizado pelo artigo do mestre Florestan Fernandes publicado nesta Folha na última segunda-feira (14/03)."
Irineu Francisco Barreto Jr. (São Paulo, SP)

Programa do PT
"A decisão de incluir no programa do PT a discriminalização do aborto é acertada e nos mostra o quão sério pensa ser este partido, caso chegue à Presidência. É lastimável perceber a demagogia nos discursos dos companheiros de partido Hélio Bicudo, Francisco Whitaker e da própria Igreja."
Marilu André (São Paulo, SP)

"Pela primeira vez na história do país um candidato à Presidência se manifesta pública e favoravelmente aos homossexuais. Parabéns, Lula! Não temos medo de sermos felizes!"
Augusto Andrade e Luiz Carlos Freitas, membros do Grupo Arco-Íris de Conscientização Homossexual (Rio de Janeiro, RJ)

Prêmio Folha
"Parabenizo Patrícia Trudes da Veiga, Simone Galib e Carlos Kauffmann pelo merecido Prêmio Folha pela excelente reportagem de 10/06/93. A equipe merece o prêmio pela edição do melhor caderno de Turismo publicado no Brasil. Não deixem de repetir a reportagem, atualizando no que for possível as dicas econômicas de viagem!"
Dalcidio Almeida (São Paulo, SP)

Cinco atacantes
"A enquete, publicada pela Folha, sobre os cinco atacantes é um verdadeiro divisor de águas. A favor, estão aqueles que não conhecem nada sobre o futebol e suas táticas como Paulo Maluf, Matinas Suzuki Jr., Chico Buarque, Júlio Medaglia e Jô Soares (que pedia: 'Bota ponta, Telê'). Contra, estão todos aqueles que vivem, trabalham e venceram no futebol, como Telê Santana, Zagalo, Carlos Alberto Silva, Wanderley Luxemburgo, Carlos Alberto Parreira, Jair Pereira, Mário Sérgio e os maiores técnicos do mundo, que continuam armando suas equipes com dois ou no máximo três atacantes, como Cruijff, Billardo, Beckembauer, Menotti, Maturama etc. Finalmente, a seleção publicada na Folha (16/03), fruto de uma pesquisa séria realizada entre técnicos, atletas e jornalistas, demonstra que o jornal mudou a pauta e mostrou uma luz no fim do túnel!"
Fernando de Sampaio Barros (São Paulo, SP)

Qual minoria?
"Li e reli as reflexões de Nelson Ascher na Folha de 27/02. Como regra geral, o discurso do brasileiro branco sobre raças é viciado e suspeito. Não é à toa que desembocou na conhecida hipocrisia do racismo brasileiro chamar-se 'democracia racial'. O sr. Ascher parte do princípio de que somos 'minoria' e isso já compromete seus pressupostos. Ignora ele que o aspecto quantitativo-populacional-racial tem resultado em meias-verdades?"
Jamu Minka (São Paulo, SP)

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