São Paulo, terça-feira, 22 de março de 1994 |
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Genebaldo renuncia e escapa de cassação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O deputado Genebaldo Correia (PMDB-BA) renunciou ontem ao seu mandato e escapou de ser cassado pela Câmara dos Deputados. Com a renúncia, o deputado interrompeu o processo de cassação e se tornou o primeiro dos 17 deputados acusados pela CPI do Orçamento a ficar fora de possíveis punições pela Câmara."A Câmara não tem, no momento, condições políticas de me julgar com isenção. O relator já anunciou a entrega de seu relatório com o veredicto da condenação", afirmou Correia. Em discurso ontem à tarde na tribuna, Genebaldo acusou a Câmara de realizar um julgamento de "cartas marcadas" para recuperar a imagem pública da instituição depois das críticas feitas por causa do aumento dos próprios salários. "O cenário para a execução está montado", afirmou o deputado. O discurso de Genebaldo durou 20 minutos. Com a voz trêmula, ele afirmou que foi acusado pela CPI porque a comissão seria criticada se deixasse o líder do PMDB, cargo que ocupava, fora das punições. Genebaldo acusou o deputado José Dirceu (PT-SP), relator de seu processo de cassação na Câmara, de parcialidade. Afirmou que Dirceu defendeu a cassação de todos os acusados da CPI mesmo antes de receber seu processo para análise e não atendeu aos pedidos da defesa no processo. Genebaldo foi acusado pelo delator do esquema de corrupção na comissão de Orçamento, José Carlos Alves dos Santos. Segundo Santos, Genebaldo pertencia ao núcleo de poder da comissão junto com os deputados João Alves (sem partido-BA) e Cid Carvalho (PMDB-MA). Texto Anterior: Por que quero ser deputado federal Próximo Texto: AS ACUSAÇÕES CONTRA GENEBALDO CORREIA Índice |
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