São Paulo, terça-feira, 22 de março de 1994
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AS ACUSAÇÕES CONTRA GENEBALDO CORREIA

Ex-prefeito de Santo Amaro (BA). Deputado federal desde 83, foi líder do PMDB na Câmara (91-93). Acusado pelo economista José Carlos Alves dos Santos de integrar o esquema de corrupção da Comissão de Orçamento, na qual atuou de 86 a 91.
A CPI recolheu documentos que mostram contatos sistemáticos entre Genebaldo e José Carlos. Entre eles, um fax da Prefeitura de Santo Amaro a Genebaldo, depois repassado a José Carlos, pedindo US$ 6 milhões para um centro de abastecimento.
José Carlos acusou Genebaldo de ser o representante do deputado Ibsen Pinheiro na comissão. A CPI encontrou três cheques depositados por Genebaldo na conta de Ibsen. Este diz que os cheques se destinavam à compra de uma caminhonete.
A CPI constatou que o deputado teve uma movimentação bancária superior a US$ 2 milhões, com uma média mensal superior a US$ 27 mil. Os valores recebidos pelo deputado representavam de 800% a 2.000% do salário mensal de Genebaldo
Genebaldo afirmou que esses depósitos eram saldos de campanhas eleitorais. A CPI observou que a média de US$ 27 mil mensais foi alcançada mesmo nos anos em que não houve eleições, configurando indício de enriquecimento ilícito.
O patrimônio do deputado (um prédio, um apartamento, duas salas comerciais, três lotes, um terreno e ações) também é superior às suas rendas declaradas. Genebaldo foi acusado ainda de beneficiar uma entidade beneficente sem registros contábeis

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