São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 1994 |
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Atriz gostava de ser 'bissexta'
FREDERICP MENGOZZI
Giulietta se recusava a intermediar qualquer contato com o marido. Por meio século, a pequena Giulietta conduziu a vida do grandalhão Fellini, mas baixava a cabeça diante de seus repentes de fúria do cineasta. Adorava viajar -e Fellini detestava- e veio duas vezes ao Brasil, em 56, para participar de uma mostra sobre o cinema italiano, e em 68. Nos últimos tempos, embaixatriz da Unicef na Itália, certamente gostava menos e se indignava com a maneira que o país tratava as suas crianças. Queixava-se de um certo tipo de cinema e queria fazer fábulas, contos de fadas. "Concordo que se diga que existe o mal, a violência, porém é necessário que se diga que existe também a honestidade, a bondade. Num momento em que se prega a destruição da família, da religião, em que o dinheiro, o exibicionismo, a ruindade e a vaidade imperam, é preciso fazer alguma coisa alegre, positiva. Não se deve aflorar os instintos da besta que habita cada ser humano." (Federico Mengozzi) Texto Anterior: Masina deixa o cinema órfão mais uma vez Próximo Texto: FILMOGRAFIA DA ATRIZ Índice |
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