São Paulo, domingo, 27 de março de 1994
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Guerrilha acusa PRI por assassinato

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) suspendeu as negociações de paz com o governo, declarou "alerta vermelho" nas regiões que controla no Estado de Chiapas (sul do México) e condenou o assassinato do candidato presidencial Luis Donaldo Colosio, pelo qual acusa a "linha dura" do Partido Revolucionário Institucional (no poder há 65 anos).
Os rebeldes que fizeram o levante armado de janeiro em Chiapas divulgaram um comunicado acusando o Exército de ter lançado ataques aéreos perto da rodovia entre Comitán e Altamirano, em Chiapas. Militares teriam detido e feito "desaparecer" civis suspeitos de colaborar com a guerrilha.
O EZLN declarou que está minando os acessos a seus esconderijos na selva de Chiapas e qualificou o assassinato de Colosio como "prelúdio de uma grande ofensiva militar" por parte do governo.
Colosio, morto a tiros quarta-feira à noite em Tijuana (fronteira com os EUA), era o favorito para vencer as eleições presidenciais de agosto. O PRI, que não perde eleições desde o fim dos anos 20 –e é frequentemente acusado de fraudes–, agora se debate para escolher um substituto.
O ex-chanceler Manuel Camacho Solís, que disputou a nomeação com Colosio em 1993, era considerado uma alternativa provável. Sua popularidade cresceu por ter atuado como mediador da paz com os rebeldes do EZLN, mas após o assassinato ele descartou a hipótese de se candidatar.
As opções do PRI incluem os ex-ministros Ernesto Zedillo (Educação) e Fernando Gutiérrez Barrios (Administração) e o presidente do partido, Fernando Ortiz Arana.

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