São Paulo, terça-feira, 29 de março de 1994
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Briga histórica

Os problemas salariais entre Executivo, Legislativo e militares não são primazia do governo Itamar Franco. Durante a gestão do presidente Ernesto Geisel, o Congresso era presidido pelo senador Magalhães Pinto –velha "raposa" da política mineira.
Havia na época uma questão delicada a respeito dos vencimentos dos congressistas e Magalhães convidou o então deputados Célio Borja, que ocupava a presidência da Câmara, para acompanhá-lo em uma audiência com o general.
Já adivinhando o motivo da visita dos parlmentares, Geisel recebeu-os de pé. Como se não bastasse, foi logo dando um tapa na mesa, antes que os visitantes pudessem falar qualquer coisa. Ao perceber o clima pesado, Magalhães usou toda a sua experiência:
– Bem, presidente, só vim acompanhar o deputado Borja, que tem uma proposição a lhe fazer.
Borja, que pegara uma carona na audiência do colega senador, obviamente nada tinha a dizer. Depois de alguns minutos constrangedores em que nada de relevante foi conversado, os dois parlamentares bateram em retirada para o Congresso. De mãos vazias.

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