São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 1994
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Quem julga precisa esquecer seus erros

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Um dos monges do mosteiro de Sceta cometeu uma falta grave e chamaram o ermitão mais sábio para que pudesse julgá-la.
O ermitão se recusou, mas insistiram tanto, que ele terminou por ir. Antes, porém, pegou um balde e furou-o em várias partes. Depois, encheu o balde de areia e se encaminhou para o convento.
O superior, ao vê-lo entrar, perguntou o que era aquilo.
"Vim julgar meu próximo", disse o ermitão. "Meus pecados estão escorrendo detrás de mim, como a areia escorre deste balde. Mas, como não olho para trás e não me dou conta dos meus próprios pecados, fui chamado para julgar meu próximo!"
Os monges desistiram da punição na mesma hora.

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