São Paulo, sexta-feira, 1 de abril de 1994 |
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Pais devem agir naturalmente Especialistas em psiquiatria infantil afirmam que qualquer criança que tenha sofrido abuso sexual pode vir a desenvolver traumas sérios que afetariam suas relações interpessoais desde a infância. Para o psicanalista Bernardo Tanis são vários os tipos de distúrbio que a criança pode desenvolver, tais como bloqueio total da afetividade, dificuldades na vida sexual quando adultas e até uma total impossibilidade de contatos pessoais. Ele aconselha os pais de crianças que tenham sofrido abuso sexual a submeterem os filhos a uma avaliação psicológica para determinar o tratamento adequado. O distúrbio mais frequente que se manifesta é a culpa, em consequência de uma auto-crítica da criança por não ter sido capaz de se defender do agressor. Para Francisco Assunção, livre-docente em psquiatria no Hospital das Clínicas, a reação dos pais em situações como essa é muitas vezes a maior causadora de traumas. Ele aconselha os pais a agir da forma mais natural possível para não gerar em casa um clima de desespero e culpa. Segundo os especialistas, não existem sintomas que possam indicar se um criança esta ou não sofrendo abuso sexual, mas, se os pais notarem uma mudança drástica no comportamento de seus filhos, devem ficar mais atentos. Texto Anterior: 'Nunca vi nada de estranho' Próximo Texto: Livro conta histórias de crianças trabalhadoras Índice |
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