São Paulo, sexta-feira, 1 de abril de 1994
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CONHEÇA AS ACUSAÇÕES

DA REPORTAGEM LOCAL

A organização - Paula Milhim Monteiro Alvarenga e Maria Aparecida Shimada, donas da escola Base, são acusadas de mandar as crianças de até 6 anos, durante o período das aulas, para uma casa onde eram feitas fotos e fitas de vídeo com as crianças e adultos nus. As crianças também teriam sido violentadas.

O transporte - Icushiro Shimada e Maurício Monteiro Alvarenga são acusados de transportar as crianças para os locais onde eram feitas as orgias.

A Kombi - Alvarenga é acusado de abusar dos alunos na Kombi, durante o transporte de casa para a escola. O menino R.S.I., que não era aluno da Base mas usava a perua para ir a uma escola pública, teria dito aos pais que Alvarenga teria colocado o pênis entre suas pernas.

A casa grande - É o lugar para onde as crianças afirmaram que eram levadas. Lá, haveria camas redondas e seriam feitas as orgias.

A iniciação - As crianças dizem que seus amiguinhos eram despidos pelas tias e obrigados a ver o corpo dos coleguinhas.

O beijo - As crianças afirmam que eram beijadas na boca pelas "tias" na casa grande. Uma jovem oriental foi descrita por F.J.T.C. como sendo a mulher que beijava seu corpo nu durante as orgias.

Vídeo e foto - As crianças dizem que foram filmadas e fotografadas em orgias com adultos nas camas redondas.

Os pais - Saulo da Costa Nunes e sua mulher, Mara Cristina França, são suspeitos de participar das orgias. Eles são pais do aluno R., 4, suspeito de ser vítima de abuso sexual na escola.

A platéia - Os diretores da escola são acusados de obrigar as crianças a assistirem sessões de sexo entre adultos.

O sexo entre crianças - Os meninos dizem que aprenderam que "namorar" homem é melhor do que ficar com mulher e que deveriam "brincar" de namoro.

A violação - O IML (Instituto Médico Legal) constatou que o menino F.J.T.C. foi violentado. Outros três alunos foram examinados, mas os laudos não estão prontos ainda.

As drogas - Uma professora faria as crianças fumarem "cigarros de brincadeira", que eram feitos "de papel".

A fuga - As crianças dizem que tentavam fugir das "tias" que tentavam obrigá-los a beijar as mulheres e homens na casa grande.

O chapéu de linguarudo - Sylvia Maria Fossa disse que retirou sua filha de seis anos da escola Base porque ela lhe disse que, se relatasse o que acontecia na escola, iria ser obrigada pelas "tias" a usar um chapéu de linguaruda.

O comportamento - Os pais acusam a escola de mudar o comportamento das crianças. O menino C.R.F., 4, foi surpreendido pela mãe abaixando as calças do irmão A.R.N.J., 6, para beijar seu pênis.

A memória do abuso - Algumas crianças negam terem sido vítimas de abuso, mas dizem que viram seus coleguinhas serem molestados pelas "tias". Duas delas dizem não se lembrar do que acontecia às tardes na escola.

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