São Paulo, sexta-feira, 1 de abril de 1994
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Edifício do Crusp é interditado após queda

DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito da Cidade Universitária, professor Antonio Rodrigues Martins, disse ontem que o acidente envolvendo o estudante de filosofia da USP (Universidade de São Paulo) Moisés da Silva Santos, 26, "pode ter ocorrido em função de uma imprudência" do aluno.
Santos caiu anteontem do 6.º andar do bloco D do Crusp (Conjunto Residencial da Cidade Universitária). Ao entrar em um dos elevadores do prédio –que estava com defeito e sem iluminação– não percebeu que o carro não estava lá.
O bloco D, que além do elevador defeituoso não tem equipamento de incêndio nem instalações elétricas seguras, foi interditado ontem pelo Contru (Departamento de Controle de Uso de Imóveis).
A reitoria se reuniu ontem com os alunos do bloco D e ofereceu uma acomodação no Cepeusp (centro esportivo da USP). Os estudantes aceitaram e fizeram suas mudanças ontem à noite.
A partir de segunda-feira o Coseas (Coordenadoria de Saúde e Assistência Social) da USP fará um levantamento para reinstalar os 37 alunos do bloco D no Crusp. Cerca de 20 alunos estão cadastrados e já têm sua vaga garantida.
Também na segunda, o reitor vai fixar um edital no bloco D, dizendo que a USP não se responsabiliza por quem ficar no prédio.
Na queda de anteontem, Santos perfurou o pulmão e teve traumatismo craniano. Ele já sofreu duas cirurgias e está internado em estado grave no Hospital das Clínicas.
Seu vizinho, o estudante Duilio Bortolutti, afirmou que pelo menos dois moradores do bloco já haviam pedido ao Coseas conserto do elevador.
O professor Martins disse que ainda não sabe se o pedido foi realmente feito.

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