São Paulo, sexta-feira, 1 de abril de 1994 |
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Bolsa de NY oscila como montanha- russa
FERNANDO CANZIAN
Analistas crêem que dinheiro vai para aplicações baseadas em taxas de juro; Clinton tenta acalmar mercado A Bolsa de Valores de Nova York viveu ontem mais um dia de "montanha russa". A maioria das ações encerraram o dia em baixa pelo sexto dia consecutivo, mas o índice Dow Jones, que mede a varição das 30 principais ações negociadas, subiu 9,21 pontos no final do dia, fechando a 3.635,96 pontos. A alta no final do pregão não reverteu o cenário pessimista no mercado, que acredita que o dinheiro das Bolsas está fugindo para aplicações baseadas em taxas de juro. No início do diam, a Bolsa de Valores de Nova York havia despencado mais de 67 pontos. Além disso, a Bolsa já tinha fechado em queda de 72,27 pontos na quarta-feira. Entre as ações negociadas, 1.539 fecharam em baixa, 753 em alta e 516 estáveis. O presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, fez um pronunciamento na Califórina na tarde de ontem tentando acalmar o mercado. No pronunciamento, Clinton disse que a economia norte-americana não tem nenhum problema no momento e que a Bolsa está passando por um período de "correção". O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou ontem que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual de 7% nos três últimos meses de 93. A previsão inicial para o período era de um crescimento de 7,5%. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país. O Departamento do Comércio dos EUA anunciou também que os lucros das empresas norte-americanas cresceram 10,75% em termos reais durante o ano de 1993. Segundo o departamento, este é o melhor resultado dos últimos três anos. Muitos operadores e analistas norte-americanos apostam que o preço de muitas ações caia ainda mais nos próximos dias. A expectativa é de uma queda de até 15% em relação ao ponto mais alto do mercado, em 31 de janeiro passado. Até ontem, o mercado já tinha perdido cerca de 8% desde o fim de janeiro. Texto Anterior: Cortes atingiram 1.000 pessoas Próximo Texto: EUA criticam barreiras no país Índice |
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