São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994 |
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Substituto de Ricupero pretende incentivar a educação ambiental
GABRIELA WOLTHERS
"A tarefa do governo é ensinar. Temos que educar o garimpeiro, o madeireiro, as empresas privadas, o prefeito, para que a questão ambiental seja levada para dentro do quadro decisório", afirmou. Aos 64 anos, formado em engenharia civil pela Universidade McGill, em Montreal (Canadá), ele substitui o ministro Rubens Ricupero, que foi para a pasta da Fazenda. Cavalcanti ocupava o cargo de secretário de coordenação da Amazônia Legal no ministério. Carioca, Cavalcanti leva para o ministério a experiência de já ter atuado no setor privado (foi, por exemplo, diretor do Grupo Caemi) e em Organizações Não-Governamentais (ONGs). Cavalcanti sabe que nos oito meses que restam para o fim do governo Itamar Franco não poderá resolver todos os problemas ambientais do país –principalmente pela falta de recursos financeiros. Sua grande preocupação é a Amazônia –em uma hora de entrevista à Folha, mais de quarenta minutos foram gastos com o tema. "Só pelo fato de o ministério se chamar do meio ambiente e da Amazônia já mostra que a região é duplamente prioritária." Na relação "preservação ambiental versus desenvolvimento econômico", o futuro ministro fica na coluna do meio. "Temos que aceitar que a simples presença do homem já tem impacto sobre o meio ambiente", diz. Ele defende a preservação com fiscalização, "mas valorizando e dando condições de subsistência para os 18 milhões de habitantes da região". Texto Anterior: Equipe vai propor veto ao aumento do mínimo Próximo Texto: Procuradores italianos discutem 'Operação Mãos Limpas' em SP Índice |
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