São Paulo, segunda-feira, 4 de abril de 1994
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Cerveja deu vitória à rival

LUÍS ANTÔNIO GIRON
DA REPORTAGEM LOCAL

Emilinha foi a primeira cantora brasileira a ter lidado com a massa consumidora. Antes dela, intérpretes como Carmen Miranda triunfaram por meio do disco.
Emilinha foi um fenômeno do rádio. Ela trabalhou na Rádio Nacional entre 1943 e 1960. Foi a estrela mais popular na época em que a Nacional era a grande emissora. Em seu fichário na rádio, ela arquivou 600 músicas.
Apesar da voz miúda de soprano, se impôs pela imagem de sucessos que lançou. Sua primeira gravação foi para a Columbia em 1939 no coro da marchinha "Pirulito" (João de Barro-Alberto Ribeiro), cantada por seu futuro namorado, Nilton Paz.
Para a mesma gravadora, em abril daquele ano, gravou seu primeiro disco. Foi "crooner" do Cassino da Urca entre 1939 e 1943. Seu primeiro sucesso em disco se deu em 1946 com a rumba "Escandalosa" (Djalma Esteves-Moacir Silva).
Lançou sucessos como "Chiquita Bacana" (João de Barro-Alberto Ribeiro), em 1949, e "Paraíba" (Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira), em 1950. Gravou 148 discos de 78 rpm, 80 LPs e 61 compactos. Tem quatro CDs de sucessos lançados.
Em 1949, foi eleita "Favorita da Marinha" pelos marinheiros. O fã-clube ganha sede oficial no Rio (hoje tem 3.900 associados). Nesse ano, a cantora Marlene ganha o concurso "Rainha do Rádio" da Associação Brasileira dos Radialistas.
Os "emilinistas"protestaram, dizendo que Marlene ganhou porque tinha patrocínio da Antarctica. "Eu tenho sido patrocinada pela Brahma", diz hoje Emilinha.
Ela ganhou o concurso em 1953, acirrando os ânimos. Em 1968, foi operada de um edema nas cordas vocais e parou de cantar até 1972. Em 1985, lançou a marchinha "Rainha de Sabá" (Adolpho Bloch- Carlos Heitor Cony). No carnaval de 94, gravou a marcha "Arrastão de Amor" (J. R. Kelly-Walter Mendonça). (LAG)

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