São Paulo, quinta-feira, 7 de abril de 1994
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Diretor é acusado de compra superfaturada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério Público Federal denunciou à Justiça o diretor-geral da Imprensa Nacional, Ênio Tavares da Rosa, e mais quatro pessoas por irregularidades em uma concorrência para compra de papel, em agosto do ano passado.
Na denúncia, encaminhada à 10ª. Vara da Justiça Federal em Brasília, o procurador Walton Alencar Rodrigues afirma que a compra de 2.160 toneladas de papel jornal da empresa Branac Papel e Celulose, de São Paulo, foi superfaturada.
A denúncia se baseou em relatórios da Secretaria de Controle Interno e de uma comissão de sindicância do Ministério da Justiça, ao qual a Imprensa Nacional é subordinada.
O procurador afirmou à Justiça que há provas de que as bobinas de papel da Branac, produzidas no Paraná, já haviam deixado a fábrica rumo a Brasília antes mesmo de sair o resultado da concorrência.
O Ministério Público Federal também decidiu mover ação por enriquecimento ilícito contra Ênio Tavares e a Branac, exigindo a restituição do dinheiro em valores corrigidos.
Ênio Tavares da Rosa era tesoureiro da Imprensa Nacional durante o governo de Fernando Collor de Mello.
Ele assumiu o cargo atual depois que o então diretor-geral, Ítler Bado, foi afastado, também por denúncias de irregularidades em licitação.
Os envolvidos estão sujeitos ainda à suspensão dos direitos políticos e à proibição de fazer negócios com o Estado, conforme prevê a lei do enriquecimento ilícito.

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