São Paulo, quinta-feira, 7 de abril de 1994 |
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Saatchi se associa com grupo de brasileiros Agência cria campanha para Johnson NELSON BLECHER
Com previsão de faturamento de US$ 20 milhões em 1994, a nova agência –batizada de F.S&S– prepara suas duas primeiras campanhas nacionais. A matriz inglesa injetou US$ 5 milhões. O publicitário Fábio Fernandes, presidente e principal sócio brasileiro, não identificou os anunciantes. A Folha apurou que está sendo criada campanha para a Johnson & Johnson, um dos clientes internacionais da Saatchi, que detém ainda as contas da British Airways, Procter & Gamble e Toyota. A Better, que representou a Saatchi no país durante seis anos, prevê a possibilidade de perder a conta da British Airways. "Não temos planos de mudar de agências", afirmou Fernando Aguirre, presidente da Procter & Gamble, atendida pela Leo Burnett e Grey. Roberto Duailibi, presidente da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap), saudou a chegada da Saatchi: "É sinal de que o país está atraindo investimentos. Trata-se de um nome importante na propaganda, por ter iniciado uma estratégia de aquisições". No final dos anos 80 a Saatchi chegou a se tornar o maior grupo mundial de propaganda, com receita superior a US$ 13 bilhões –o dobro do faturamento de 1993. Depois disso, os irmãos Maurice e Charles Saatchi, filhos de um milionário comerciante iraqueano de origem judaica, que fundaram a agência em 1970, passaram a enfrentar os males do gigantismo. As grandes contas escassearam, houve queda de receita, retirada de executivos e instalou-se uma crise administrativa que perdura até hoje. A agência possui escritórios em 77 países. Não veio antes ao Brasil porque suas prioridades estavam voltadas para o Leste europeu. Texto Anterior: Uno vende mais do que o Gol em março Próximo Texto: Inflação acelera; Fipe fecha em 41,94% Índice |
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