São Paulo, sexta-feira, 08 de abril de 1994
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Grupo italiano Polti vai fabricar no Brasil

Polti espera abrir unidade em dois anos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polti do Brasil, grupo italiano que fatura US$ 500 milhões por ano e produz 1,5 milhão de eletrodomésticos, está estudando a abertura de uma fábrica no Brasil no período de dois anos. A empresa analisa as cidades de Campinas, Rio Claro e São Paulo.
A informação foi dada na UD 94, aberta oficialmente ontem em São Paulo, por Franco Polti, presidente da empresa. A Polti, que começou a atuar no Brasil em 93, faturou US$ 1,5 milhão. "Estimamos faturar US$ 5 milhões em 94, ou 10 mil unidades", diz Polti.
Este ano a empresa está lançando na UD nova versão do vaporetto –um aparelho que limpa e esteriliza qualquer superfície com vapor e água, além de tábuas de passar, com minimotores que aspiram a umidade das roupas e ferros com os quais se pode passar roupa no próprio corpo.
Os preços variam de US$ 160 a US$ 600. "A UD é responsável por 30% dos negócios da empresa", diz Franco Polti.
A Sharp está aproveitando a UD para apresentar cinco produtos importados e analisar a reação do público para decidir se vai importar ou nacionalizar a fabricação, "em função do preço elevado", diz Renato Buonomo, diretor-comercial.
Entre os produtos, estão o minidisc, um pequeno disco digital, que reproduz 74 minutos de música com todas as funções do CD. O custo varia de US$ 700 a 800 no Japão.
Buonomo está otimista com relação ao aumento das vendas e acredita que o crediário em URV (Unidade Real de Valor) vai permitir um incremento das vendas dos produtos com um valor agregado maior.
A Sharp também aposta no mercado de televisão de tela grande. "Esperamos um crescimento de 5% em volume nesse segmento", diz Buonomo. Só em março a empresa vendeu 72 mil aparelhos de TV, contra 55 mil no mesmo período de 93.
A Mallory, que detém 40% do mercado de ventiladores, está lançando na UD uma linha de eletroportáteis de cozinha completa: ferros elétricos, espremedores de frutas, liquidificadores e trituradores. Os preços variam de US$ 25 (ferros) a US$ 180 (trituradores).
"Nossa meta é dominar 30% desse segmento em três anos", afirma Marcel Vanden Bussche, diretor-presidente.

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