São Paulo, sábado, 9 de abril de 1994
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Bolsas de Valores e juros voltam a subir

DA REDAÇÃO

O mercado financeiro reviu ontem suas projeções de inflação e os juros subiram. O comportamento do mercado ontem foi totalmente diferente do resto da semana, quando houve quedas sucessivas nas taxas.
As estimativas de inflação no mercado futuro de IGP-M tiveram elevação, passando de 42,98% no dia anterior para 43,44% ontem.
Os juros dos CDBs refletiram as alterações nas expectativas inflacionárias e tiveram alta em média de 319 pontos em relação ao dia anterior.
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro), a estimativa de rentabilidade para este mês passou de 47,20% no dia anterior para 47,38% ontem.
O mercado de DI é utilizado pelos administradores dos fundos de investimento, como forma de proteger os investidores das alterações nas taxas de juros.
Os negócios no mercado de ações estão sendo influenciados pelo vencimento do mercado futuro de índice na próxima quarta-feira.
Existe uma disputa entre investidores que ganham com a alta e outros que lucram se houver a baixa. Isso deve fazer com que os pregões fiquem mais especulativos na próxima semana.
O índice Bovespa fechou ontem com alta de 4,2% e o indicador carioca com elevação de 4,3%. Houve uma pressão mais vendedora no final do pregão da Bovespa, quando circularam informações sobre nova alta de juros nos títulos de longo prazo nos EUA.
No mercado cambial, houve aumento nas vendas de dólar por parte dos exportadores e o Banco Central teve que realizar três leilões de compra de dólar comercial, para balizar as cotações.(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 1,830% no dia 6, projetando um rendimento para o mês de 41,06%. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros oscilaram entre 61,98% e 62,04% ao mês por um dia.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 43,9763%. CDBs prefixados negociados ontem: de 9.700% a 9.950% ao ano para 31 dias. CDBs pós-fixados de 90 dias: 24,0% a 25,0% ao ano mais a variação da TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: de 62,00% a 62,40% ao
mês. Para 31 dias (capital de giro): de 9.800% a 10.050% brutos ao ano.

No exterior
Prime rate: 6,25%. Libor: 4,3125%

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 4,2%, fechando com 15.374 pontos e volume financeiro de CR$ 242,738 bilhões, contra CR$ 232,275 bilhões no dia anterior. Rio: alta de 4,3% (I-Senn), fechando com 62.067 pontos e volume financeiro de CR$ 29,253 bilhões, contra CR$ 24,118 bilhões no dia anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.674,26 pontos, com queda de 19 pontos. O índice Financial Times de Londres fechou com 2.467,1 pontos, com queda de 7,60 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta de 44,01 pontos, encerrando a 19.934,99 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): CR$ 1.004,540 (compra) e CR$ 1.004,550 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a CR$ 985,625 (compra) e CR$ 985,635 (venda). "Black": CR$ 955,00 (compra) e CR$ 963,00 (venda). "Black" cabo: CR$ 965,00 (compra) e CR$ 969,00 (venda). Dólar-turismo: CR$ 913,00 (compra) e CR$ 941,00 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 1,88%, fechando a CR$ 12.170,00 o grama na BM&F.

No exterior
Segundo a "UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,4753, contra US$ 1,4710. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,7123 marco alemão, contra 1,7170 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 104,95 ienes, contra 104,27 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 384,20, contra US$ 383,90 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para abril fechou em 47,38% e em 49,66% para maio. No dia anterior, a estimativa de juros para abril era de 47,20% e para maio de 49,86%.
No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para abril ficou em 16.250 pontos, projetando uma lucratividade de 78,95% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a expectativa de desvalorização cambial para abril ficou em 43,90%, contra 43,70% no dia anterior.

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