São Paulo, domingo, 10 de abril de 1994 |
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Desembargador apóia repressão
DA SUCURSAL DO RIO O desembargador Doreste Batista, convidado pelo governador do Rio, Nilo Batista, para ser o supersecretário de Segurança do Estado, disse ontem que, se confirmado, vai pedir apoio do Exército para subir morros e colocar policiamento ostensivo nas ruas.Até o meio-dia de ontem, o desembargador estava tentando um contato com o governador para definir se aceitava ou não o cargo. A nova secretaria, de Defesa da Ordem Pública e da Cidadania, englobaria as atuais secretarias de Polícia Civil e de Polícia Militar. Ele disse que se surpreendeu com o convite porque se considera "pouco liberal" em matéria de segurança, ao contrário da opinião que tem sobre o governador. Para Doreste Batista, o governador, como advogado, "quer sempre a liberdade do preso", enquanto ele, como juiz, pensa de forma contrária.Doreste Batista declarou que a ajuda do Exército nas operações policiais não significaria uma intervenção federal no Estado. Dando a entender que já tem algo adiantado neste sentido, Batista disse acreditar que seu pedido teria "boa receptividade" no Exército. O desembargador disse que o atual episódio das listas do bicheiro Castor de Andrade tem que ser investigado a fundo, mas a princípio não pode servir de base para condenar ninguém, porque a origem da lista é duvidosa. Sobre o policiamento ostensivo, ele disse não saber se a polícia do Rio poderia realizar essa tarefa. O governador do Rio de Janeiro, Nilo Batista, estranhou as declarações do desembargador Doreste Batista. Segundo nota divulgada pela sua assessoria, Nilo Batista entende que a discussão de políticas públicas deve ser feita no âmbito do governo. Texto Anterior: Receita vai investigar nomes da lista Próximo Texto: Escândalo reduz a arrecadação em SP Índice |
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