São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
A universidade do McDonald's
MARCELO CHERTO; MARCUS RIZZO MARCELO CHERTOMARCUS RIZZO Os franqueadores Gerson Keila (Dunkin' Donuts), Eliane Bernardino (Mister Pizza), Beth e Ricardo Pimenta (Água de Cheiro), Luís Namura (Future Kids e Datapro), Cláudio Grochewsky (O Boticário) e vários outros "cobras" do franchising brasileiro que estão cursando as Turmas Três e Quatro da Franchising University para se reciclar deverão fazer parte do grupo de mais de 50 alunos desse programa que irá visitar alguns franqueadores americanos. Apesar do interesse que a rapaziada tem em todas as demais empresas que serão visitadas, todo mundo está mesmo fissurado é para conhecer a Universidade do Hamburger do McDonald's, pertinho de Chicago. Quem trabalha com serviços sabe o quanto é difícil manter um bom padrão de qualidade. Mas o McDonald's consegue, graças a um cuidado absoluto com a formatação, manualização, treinamento e transferência de tecnologia e cultura. Foi assim desde o início. Quem visita o Museu Ray Kroc (feito em 1956 ou 1957), em Oak Brook, Illinois, pode ver o então presidente da empresa ensinando como se faz hamburger. O "cameraman" foi um dos executivos da corporação. Com todos os problemas e defeitos do filme, o fato é que quando os autores desta coluna ainda usavam fraldas o McDonald's não só franqueava restaurantes mas já tinha feito um filme para treinamento de franqueados. E em 1961 foi criada a Universidade do Hamburger. Apesar do nome pomposo, não passava de uma salinha no porão de uma das lojas. Hoje o papo é outro. A atual unidade-mãe da universidade está instalada num terreno de cerca de 330 mil metros quadrados e tem 35 mil metros quadrados de área construída. Há outras no Japão e na Europa. Em breve, haverá uma também em São Paulo. O importante é lembrar que tudo começou com humildade. Pensando grande, iniciando pequeno. De um jeito que todo franqueador brasileiro pode e deve fazer. Afinal, treinamento não precisa custar uma fortuna nem depende de instalações nababescas. Mas é vital que seja feito. E bem feito. O importante é começar com profissionalismo, mesmo em um porão. MARCELO CHERTO & MARCUS RIZZO são diretores da Cherto & Rizzo Franchising e do Instituto Franchising, professores da Franchising University e da FGV, escritores e conferencistas. Texto Anterior: Febre consumista infantil Próximo Texto: Justiça decide controle da Lacta em maio Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |