São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 1994
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Veja os principais personagens da eleição

DE BUENOS AIRES

Carlos Menem: o presidente é o grande vencedor de ontem. Deverá conseguir sua reeleição no ano que vem. A nova Consitutição argentina terá o perfil que Menem quiser.
Raúl Alfonsín: mais uma vez derrotado por Menem, o ex-presidente radical corre o risco de perder sua influência no partido.
Partido Justicialista (PJ): nome oficial do peronismo, partido populista criado por Juan Domingo Perón em 1945. Com a morte deste, em 1974, foi dirigido por sua terceira mulher, Isabelita. Em 1976, um golpe depôs a presidente e dissolveu o partido. Menem chefia o PJ desde 1988. Tem controle total do partido.
Unión Cívica Radical (UCR): um dos mais antigos partidos do mundo, fundado em 1893. Alfonsín é o líder atual, mas tem dois adversários fortes: o senador por Buenos Aires Fernando de la Rúa e o governador da província de Córdoba, Eduardo Angeloz.
Frente Grande: união das tendências e partidos de esquerda do país. Na prática, sua força se concentra na Capital Federal, Buenos Aires, onde pode até terminar em primeiro lugar. Seu principal expoente, "Chacho" Alvarez, começa a ser considerado uma espécie de Lula do Prata.
Convenção Nacional: Nome oficial da assembléia nacional constituinte argentina, que é independente do Congresso. É formada por 305 delegados. Depois de empossada, terá 120 dias para reformar a Constituição de 110 artigos, escrita em 1853. Suas decisões são tomadas por maioria simples.
Pacto de Olivos: acordo formal celebrado entre Menem e Alfonsín, no fim do ano passado, para acertar as linhas gerais da reforma constitucional.
Artigo 77: define a impossibilidade da reeleição do presidente e do vice. É o alvo central dos desejos de mudança de Carlos Menem.

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