São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994
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Covas diz que é contra coligação

CLÓVIS ROSSI
DA REPORTAGEM LOCAL

O senador Mario Covas (SP), virtual candidato do PSDB ao governo paulista, sentiu na carne as dificuldades para explicar a determinado tipo de público a aliança que está sendo costurada entre seu partido e o PFL para a eleição presidencial.
Covas foi, anteontem, ao Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, para debater um assunto muito distante da coligação PSDB/PFL. Era um dos debates sob o título geral de "64 - Nunca Mais", a respeito dos 30 anos do golpe militar.
Mas os estudantes aproveitaram a oportunidade para questionar o senador sobre uma coligação com políticos do PFL, que foram quase todos favoráveis ao movimento militar, ao qual Covas se opôs a ponto de ser cassado em 1968.
O senador saiu pela tangente. "Vocês sabem a minha posição. Eu sou contra (a coligação), mas sou também um homem de partido", disse. E aproveitou para fazer um paralelo com o PT.
Covas lembrou que os deputados do PT queriam participar da revisão constitucional, mas a direção partidária era contra. Os deputados obedeceram a decisão do partido, contra-atacou o senador.
Não convenceu sequer os simpatizantes e/ou militantes do PSDB na faculdade. Colheram no ato 39 assinaturas em manifesto de "surpresa, indignação e repúdio à tão cogitada possibilidade de coligação entre o PSDB e o PFL", conforme diz o texto.
Covas levou o manifesto, depois de dizer que cabe à militância definir se haverá ou não a coligação.

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