São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994
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Livro revela suborno de perito

DA SUCURSAL DO RIO

Um dos livros-caixa do banqueiro Castor de Andrade revela que os bicheiros pagaram propina a um perito da Justiça Federal para adulterar máquinas de videopôquer e desaparecer com peça que seria prova no processo por contrabando.
A anotação no livro não revela o nome do perito. Indica apenas um pagamento extra para que ele substituísse o CPU –uma placa de computador com informações– que faz parte da máquina.
O trabalho do perito era trocar o CPU importado por um fabricado no Brasil. A troca fazia desaparecer o CPU importado, prova de que os bicheiros faziam contrabando de componentes eletrônicos.
Os técnicos da Procuradoria da República já conseguiram as senhas para ler 166 disquetes de computador encontrados na "fortaleza" de Castor de Andrade em Bangu (zona oeste).
Os disquetes foram copiados por medida de segurança. As cópias estão sendo analisadas pelos promotores na Procuradoria. Os originais continuam sob guarda da PM, no quartel-general.
O chefe de gabinete da Procuradoria, Antônio José Campos Moreira, disse que não conhecia o conteúdo dos disquetes.(Edna Santas e Fernanda da Escóssia)

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