São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 1994
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Liz Phair canta versos desencantados

Cantora não empolga ao vivo

FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK

A cantora Liz Phair não conseguiu empolgar completamente o público nos dois shows que fez no fim-de-semana no The Academy, em Nova York.
Seu álbum, "Exile In Guyville" (Matador/Atlantic), foi eleito o melhor de 1993 pelos críticos do jornal "Village Voice". Todos esperavam uma banda à altura.
O público deve ter confundido as coisas e a própria cantora acabou transformando suas canções, francas e românticas, em algo que não soou bem com um som mais pesado.
As duas guitarras aumentaram o som e a bateria e o baixo mais forte quase abafaram sua voz. O resultado da combinação, inversa em seu disco, foram músicas que pareciam iguais e monótonas. Em vários momentos, a cantora lembrava alguém que tinha acabado de acordar.
Em solos de voz e guitarra suas músicas se saíram bem melhor. A maioria das músicas de "Exile In Guyville" tenta dar sentido a relações amorosas onde homens e mulheres quase nunca se entendem. Principalmente quando falam de confusões entre romance e luxúria.
Liz Phair está terminado um novo álbum, onde muda o estilo. Duas das novas músicas, apresentadas nos shows no fim-de-semana, são bem mais assimétricas e deixam o romantismo para traz.
A banda que abriu os shows de Liz Phair provou ser mais envolvente. Há dez anos sem tocar, o grupo Raincoat, composto por quatro garotas (voz e guitarra, baixo, violino e bateria) voltou com músicas inspiradas e divertidas. Raincoat fez parte da onda inglesa pós-punk e gravou dois discos entre 1979 e 1981.

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