São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994
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Empresa se recusa a explicar venda do direito sobre produtos da Copa

DA REPORTAGEM LOCAL

A empresa Exim Comércio Exterior Ltda., licenciada para comercializar os símbolos oficiais da Copa do Mundo aos países da América Latina, se recusa a responder à Folha sobre a falsa atribuição ao jornal "O Estado de S.Paulo" da condição de "jornal oficial da Copa" no país.
A Exim tem o direito de licenciar empresas que queiram usar símbolos do Mundial (como o mascote Striker) em seus produtos.
Na edição de 29 de março, "O Estado de S.Paulo" diz que foi "escolhido como jornal oficial da Copa e, entre todos os periódicos do país, apenas nas suas páginas o Striker poderá ser encontrado".
Essa prerrogativa é falsa, até porque a Constituição assegura a liberdade de prestação de informações jornalísticas.
O argentino Julius Caesar, representante da Time Capsule Marketing Inc., empresa credenciada junto à Time-Warner (organizadora da Copa) e que comercializa os símbolos internacionalmente, estranhou a exclusividade.
Caesar disse que os produtos de mídia são os únicos que não necessitam de autorização para divulgar esses símbolos.
A Folha tenta, desde o dia 6, ouvir Ana Maria Kasmanas, diretora-executiva e única autorizada na Exim a falar sobre a Copa.
Na semana passada, a secretária Malu Moreira informou que Kasmanas estava na Argentina.
Na segunda-feira, Kasmanas negou-se a atender a reportagem. Segundo sua secretária, estaria ocupada em reuniões.
Ainda na segunda, a Folha enviou a Kasmanas um questionário por escrito. A secretária prometeu as respostas para o dia seguinte.
Até ontem não houve resposta. Desde terça, nenhum funcionário da Exim soube localizar Kasmanas ou Moreira.

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