São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994
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Falta de cabeceador preocupa seleção

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

A falta de um atacante eficiente em finalizações de cabeça preocupa a seleção brasileira. Os três atacantes escolhidos até agora para ir à Copa do Mundo não são grandes cabeceadores.
O coordenador-técnico Mário Zagalo disse ontem à Folha que ele e o treinador Carlos Alberto Parreira consideram esse um dos critérios decisivos para convocar o quarto e último jogador de ataque.
Edmundo (Palmeiras) e Ronaldo (Cruzeiro) disputam a última vaga, com vantagem até agora para o primeiro. A vantagem de Ronaldo, porém, é sua grande habilidade para cabecear.
Dois atacantes certos para o Mundial, Bebeto e Muller, nunca se destacaram no chamado "jogo aéreo" (passes pelo alto sobre a área para a conclusão de cabeça).
Romário tem desempenho melhor, mas sua altura (1,68 m) o limita diante de zagueiros altos. "Se nenhum dos quatro for bom de cabeçada, vamos investir em jogadores do meio-campo", disse Zagalo.
Ele citou como exemplo a Copa de 70: "O Tostão, que jogava na frente, não podia cabecear devido ao problema num olho (descolamento de retina). O cruzamento ia para Pelé, que vinha do meio-campo."
A convocação para o Mundial será anunciada em 10 de maio.

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