São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994 |
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Hamas mata mais seis em Israel
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Uma bomba matou seis pessoas e feriu 30 num ônibus em Hadera, Israel. Um dos mortos foi o palestino que levava a bomba, segundo a polícia de Israel.O ataque ocorreu na estação rodoviária central de Hadera (48 km ao norte de Tel Aviv). O palestino –da Cisjordânia– tinha acabado de entrar no ônibus. A polícia não tem certeza se era um ataque suicida. O nome do terrorista não foi revelado. O atentado foi reivindicado pelas brigadas Izz el-Din al-Qassan, braço armado do grupo islâmico Hamas. O grupo se opõe à Organização pela Libertação da Palestina e às negociações com Israel. Em comunicado divulgado em Amã, Jordânia, o Hamas diz que o ataque foi o segundo de uma série de cinco prevista para vingar o massacre da mesquita de Hebron. Em 25 de fevereiro, o colono judeu Baruch Goldstein atirou nos fiéis da mesquita matando entre 52 pessoas, segundo os palestinos, e cerca de 30, segundo Israel. Há uma semana, um carro-bomba explodiu em Afula, Israel, matando seis pessoas. Foi o primeiro ataque reivindicado pelo Hamas como vingança por Hebron. Um grupo de israelenses se juntou na estação de Hadera depois da explosão gritando o slogan "Morte aos árabes". O novo ataque reforçou críticas ao governo de Yitzhak Rabin por estar negociando com a OLP. O Partido Nacional Religioso pediu a demissão do gabinete de Rabin. "Há quem diga que as conversações devem parar. O resultado é que isso vai levar a mais elementos integrando os grupos terroristas", disse Rabin. Ele classificou o ataque em Hadera como um "assassinato indigno". Em Estrasburgo, França, o líder da OLP, Iasser Arafat lamentou que ações com a de Hadera "são desafortunadamente dirigidas apenas contra gente inocente". Arafat falou ao Conselho da Europa. O líder palestino disse que a "política de mortes em massa e detenções" nos territórios ocupados por Israel leva a esse tipo de "reação lamentável". Arafat criticou especialmente o atraso na desocupação da Faixa de Gaza e de Jericó. A retirada israelense deveria ter se completado ontem, segundo acordo acertado em setembro em Oslo. Israel e OLP ainda negociam no Cairo, Egito, a execução do tratado. Em Jericó, um judeu feriu a tiros quatro garotos palestinos que atiravam pedras em seu caminhão. O incidente desencadeou revoltas nas quais soldados israelenses feriram mais três palestinos. Ambos os incidentes foram negados pelas autoridades israelenses. Segundo o Exército, anteontem cinco civis foram feridos por soldados. Próximo Texto: Passageiros pisaram em criança para fugir Índice |
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