São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994
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País vivia "dia da lembrança"

OTÁVIO DIAS
ENVIADO ESPECIAL A JERUSALÉM

País vivia 'dia da lembrança'
O dia do ataque do Hamas foi escolhido a dedo. Ontem, Israel viveu o "Yom Hazikaron" (dia da lembrança), data que homenageia os 17.955 mortos em guerras e atos de violência desde a independência do país (1948).
Com as cinco vítimas judias de Hadera, o número sobe para 17.960.
O "Yom Hazikaron", dia de luto, começou às 20h locais (17h de Brasília) da terça-feira.
Ao toque de sirene, os israelenses interromperam o que quer que estivessem fazendo e guardaram silêncio por um minuto. Ontem, às 11h, a homenagem se repetiu.
Durante todo o dia, as bandeiras azuis e brancas de Israel estiveram a meio-pau. Rádios e TVs só transmitiram entrevistas e documentários sobre as guerras árabe-israelenses e músicas alusivas ao tema.
Diversos atos marcaram o "Yom Hazikaron". Os cerca de 5.000 participantes da "Marcha da Vida" (que lembrou na Polônia a morte de 6 milhões de judeus na 2ª Guerra) participaram de uma homenagem com a presença do presidente de Israel, Ezer Weisman.
A bomba tirou o brilho das comemorações do "Yom Haatzmaut", dia da independência do Estado, que comemora 46 anos.
As comemorações começaram ontem às 20h, em ato transmitido para todo o país do cemitério "Monte Herzl", onde está enterrado o fundador do sionismo moderno, Theodor Herzl (1860-1904).
Em oposição à tristeza da véspera, o "Yom Haatzmaut" costuma ser festejado com carnaval nas ruas.
Em Jerusalém, milhares de pessoas se reúnem na rua Ben-Yehuda, uma das principais da cidade, com bandeiras nas mãos.
Durante toda a noite, cantam e dançam músicas hebraicas, bebem, jogam espuma uns nos outros e entoam o "Hatikva" (esperança), hino de Israel.
As comemorações se estendem até o fim da tarde de hoje com shows e festa em todo o país.

O jornalista Otávio Dias viaja com apoio da Federação Israelita do Estado de São Paulo.

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