São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994
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Tunísia seduz pela tranquilidade e beleza

MARCOS NIEMEYER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

No norte da África, a Tunísia, um pequeno país praticamente desconhecido dos brasileiros, surpreende com a beleza natural e a riqueza de sua cultura.
A duas horas de vôo de Madri e a apenas 55 minutos de Roma, concentra, em um território pouco maior que o do Estado do Ceará, praias de fina areia branca, um deserto com oásis e palmeiras, imponentes monumentos romanos e ruínas cartaginenses.
O refinamento das artes islâmicas encontradas na sua arquitetura e decoração e, principalmente, no seu artesanato, sensibilizam por sua delicadeza e preciosismo.
Desde seu período púnico, quando os fenícios estabeleceram bases navais e comerciais em seu território (no século 8 a.C.), até tornar-se uma tranquila e moderna república muçulmana, a Tunísia viveu diversos períodos.
Depois dos fenícios vieram os romanos, responsáveis pela destruíção e reconstrução de Cartago. Deixaram os mais belos monumentos do norte da África, como o coliseu de El Djem.
Posteriormente, bizantinos, árabes, muçulmanos andaluzes, vândalos, turcos e franceses se sucederam como invasores até 1957, quando, pacificamente, o país se tornou independente.
Sob a liderança de seu primeiro presidente, Habib Bourguiba, a Tunísia iniciou sua modernização criando as bases para o desenvolvimento turístico. Seu sucessor e atual presidente deu continuidade e implantou uma excelente infra-estrutura turística.
O assédio de pedintes, mascates e outros chatos, que infernizam a vida dos turistas em outros países do norte da África, é raro. O povo é simpático, educado, os tipos físicos variados, refletindo a diversidade da origem étnica.
O fundamentalismo islâmico, que hoje destrói o turismo no Egito e na Argélia, não existe no país. O presença de palestinos no país é insignificante –praticamente limitado à direção da OLP– e não gerou nenhuma espécie de conflitos.

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Sobre a Tunísia nas págs. 6-22 e 6-23.

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