São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Excursões incluem o deserto e o litoral
MARCOS NIEMEYER
A Tunisian Travel Service oferece todos os tipos de excursões. O circuito pelo sul normalmente é programado para dois dias em ônibus ou três dias em jipes, imprescindível para a travessia de áreas desérticas. O percurso, de aproximadamente 1.100 quilômetros, no primeiro dia inclui o coliseu de El Djem, uma visita às habitações trogloditas de Matmata e uma volta de camelo pelo deserto. Depois de um pernoite em um dos confortáveis hotéis das proximidades de Douzm, ganha-se a estrada para alcançar o espetáculo do nascer-do-sol no lago salgado –e seco– de Chott El-Jerid. Mais adiante, visitam-se as ruínas romanas de Sufetula e a cidade histórica de Kairoam, importante centro religioso e quarta cidade mais importante do Islã. As agências oferecem safáris no deserto com direito a hospedagem em habitações trogloditas. Os que querem se aventurar por conta própria devem comunicar à polícia. Fundada por romanos em 179 d.C., Hammammet, que em árabe significa zona de banhos, era um pequeno povoado pesqueiro na costa oriental, quando começou a ser descoberta nos anos 20 por artistas e intelectuais europeus. Como a maioria das cidades tunisinas, tem seu ponto alto na medina com sua grande mesquita (fechada para não-muçulmanos), seus mercados, sua kashbah (uma espécie de fortaleza) e suas praias belíssimas. Visite também o Centro Internacional de Cultura, um primor de arquitetura mediterrânea. Sousse, fundada por fenícios, é uma cidade com vida própria, não um simples balneário. Suas praias, embora excelentes, perdem para as de Hammammet. No entanto, oferece mais opções de lazer: cafés, boa coleção de mosaicos em seu museu, catacumbas e uma belíssima ribat (monastério fortificado), de onde se vê a medina. Seguindo dois ou três quilômetros pela costa, na direção norte, encontra-se um grande complexo turístico chamado Port El Kantaqui, que dispõe de restaurantes, todo o tipo de serviços, atividades desportivas e várias modalidades de hospedagem. Sousse também é conhecida por seu Festival de Aoussou (Netuno), uma espécie de Carnaval sem samba (em agosto). A poucos quilômetros ao sul de Sousse, Monastir é conhecida por sua ribat, cenário de filmes como "A Vida de Brian", do grupo cômico inglês Monty Python, "Jesus de Nazaré", de Zefirelli, ou "Piratas", de Polanski. Como boa parte da cidade, a fortaleza foi generosamente restaurada, pois a cidade é a terra do ex-homem forte que governou a Tunísia por 30 anos. Próximo a Kashbah, Habib Bourguiba construiu também seu mausoléu, fechado ao público. Segundo seus habitantes, Djerba é a ilha onde todos eram felizes, por onde passou Ulisses. Possui 128 quilômetros de praias e 213 mesquitas. Situada na costa oriental, é ligada a Túnis por via aérea. Pode ser visitada o ano inteiro, embora no inverno o mar seja bastante frio para o gosto brasileiro. O clima do país é semelhante ao do sul da Espanha ou da Itália, no norte, e desértico, no sul. A comunicação não é um problema. O francês é corrente e fala-se até espanhol. O câmbio é estável (um dólar equivale a cerca de 1,03 dinar) e as taxas não variam muito. Como os demais países árabes, o comércio está concentrado nos "souks". Formados por labirintos de ruas estreitas, às vezes cobertas, neles predomina a pechincha. Para quem não gosta de negociar, a Organização Nacional do Artesanato dispõe de postos de comercialização nas principais cidades. É necessário visto para entrar na Tunísia.(Marcos Niemeyer) Texto Anterior: Capital reúne ruínas romanas, museus, mesquitas e mercados Próximo Texto: Vôo São Paulo-Túnis pode custar só US$ 860 Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |