São Paulo, domingo, 17 de abril de 1994
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Guga diz se sentir melhor com Serginho

O artilheiro

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Afastado do time há quatro jogos, o centroavante Guga retornou na última quarta contra a Ponte Preta. Entrou aos 18min do segundo tempo. Aos 20min, fez um gol e, aos 31min, outro, levando o Santos a alcançar o quarto lugar na tabela. Agora, está empatado com o atacante Macedo na artilharia do time, com cinco gols.(MF)

Folha - A efetivação de Serginho como técnico mudou alguma coisa no seu jeito de jogar?
Guga - Ele mudou o time todo. No meu caso, pelo fato de o Serginho ter sido também um centroavante, ficou mais fácil para discutir saídas que melhorassem o desempenho de todo o ataque.
Folha - Você chegou a ter atritos com o ex-técnico Pepe, reclamando que ficava isolado no ataque. Isso mudou?
Guga - Mudou. Hoje o Ranielli encosta mais para tabelar. Por outro lado, o Serginho determinou que eu ficasse mais fixo na área adversária, o que foge um pouco das minhas características. Mas, mesmo não voltando para buscar a bola, me sinto mais útil ao time.
Folha - Você jogou menos de 30 minutos contra a Ponte e marcou dois gols. Hoje, jogando desde o início, é possível dobrar essa marca?
Guga - Não sei se vai dar para marcar quatro gols, mas estou achando que pelo menos um gol eu deixo em Campinas.
Folha - O Santos hoje é um time confiante. Essa mudança se deve aos métodos de trabalho do técnico Serginho?
Guga - Acho que sim. Apesar de ter descontraído o ambiente, o Serginho é um treinador que exige tudo do time a todo instante. No banco, diferentemente do Pepe, ele grita o tempo todo e isso contagia o time.
Folha - Os jogadores não se irritam com os gritos e cobranças feitas por Serginho durante as partidas?
Guga - Algumas vezes dá vontade de gritar com ele também, mas a gente se controla e, acima de tudo, sabe que ele tem razão. Do lado de fora, ele tem uma visão muito melhor que a nossa. Além disso, pedir para o Serginho ficar quieto no banco é algo impossível.

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