São Paulo, domingo, 17 de abril de 1994
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"Vou embora feliz", diz Rubens Caribé

Caribé em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio

MARCELO DE SOUZA-
DA REPORTAGEM LOCAL

Rubens Caribé diz que não está triste com a morte de seu personagem em "Fera Ferida". Segundo ele, os cinco meses em que atuou ao lado de Lima Duarte e Juca de Oliveira já valeram.
"Vou embora feliz", diz. "Fiz muito por meu personagem, que não acabou sentado na praça."
Aos 28 anos e com pouca modéstia aparente, o leonino Caribé diz se encaixar no time dos grandes atores da TV. Não se compara aos jovens atores nem aos galãs –"que funcionam mesmo sem saber interpretar".
Para ele, sua formação teatral –que inclui dança e canto lírico– lhe deu chances de fazer TV "com profissionalismo". Apegado a teorias, Caribé diz que suas aulas de dança foram fundamentais para que aprendesse a se movimentar com harmonia em cena.
Caribé começou a experimentar esta "cancha" em 1990, quando fez um teste para substituir um ator na peça "O Doente Imaginário", do grupo Ornitorrinco. Versátil, chegou a representar seis papéis.
Em 91, com o mesmo grupo, foi para Nova York com a cultuada montagem de "Sonhos de Uma Noite de Verão". Só depois vieram os convites para TV.
Na época, sua paixão pelo teatro era maior do que a vontade de fazer TV. Foi preciso muita insistência de Gilberto Braga para que fizesse "Anos Rebeldes".
O teatro continuava mais forte, até que veio o ultimato. A "caçadora de talento" da Globo, Maria Carmem Barbosa, deu a ele duas opções: ou esquecia o teatro e participava da minissérie "Contos de Verão", ou ela o esqueceria. Sem pestanejar, optou pela TV.
Agora, quer voltar a fazer teatro. "Tenho que ampliar os horizontes. Não dá para depender só da Globo."

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