São Paulo, sábado, 23 de abril de 1994
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Direção do PSDB tenta convencer FHC a escolher novo nome para vice

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A direção do PSDB tenta convencer Fernando Henrique Cardoso a pensar em uma opção para vice que não inclua o deputado Luís Eduardo (PFL), filho do ex-governador baiano Antônio Carlos Magalhães, o ACM.
O motivo é o estrago que a escolha do deputado causará na campanha de FHC. Para os peessedebistas contrários a Luís Eduardo, sua escolha traz mais prejuízos do que benefícios para a campanha de FHC.
O PFL já tomou conhecimento das pressões contra o candidato. Os pefelistas não acreditam que FHC se convença. Se isso ocorrer, poderá haver problemas para o futuro da coligação PSDB/PFL.
Os peessedebistas enumeram uma série de motivos para justificar a opção por outro vice. O principal deles é que o nome de Luís Eduardo está muito vinculado ao do pai –para os tucanos, um nome "emblemático".
O fato de Luís Eduardo ser filho de ACM, segundo esses peessedebistas, constribui para afastar de FHC o eleitorado de esquerda e dificultar ainda mais a rebelião interna do PSDB contra a aliança.
O voto de Luís Eduardo contra o impeachment de Collor também dificulta sua escolha. O PSDB teme a exploração desse episódio pelos adversários de FHC no horário eleitoral de TV.
O candidato do PSDB confirmou ontem que aceita a formalização de um pacto de não-agressão com o petista Lula. A proposta, feita pelo presidente da CNBB, d. Luciano Mendes de Almeida, poderá se transformar em acordo de governabilidade com quem se eleger presidente.

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