São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Obra de Dias fica no chão
MARIO CESAR CARVALHO
A "Bienal Brasil" não conseguiu levantar dois dos seus painéis que nunca haviam sido reunidos antes: "Eu vi o Mundo... Ele Começava no Recife" (1929), com 12,5m de largura por 1,5m de altura, e "Frei Caneca" (anos 80), uma reunião de 24 telas de 2m x 1m. Só hoje as obras devem estar instaladas, segundo a Fundação Bienal. Nada disso, porém, afetava seu bom-humor. Dias é a anti-estrela por princípio. "Faz parte", dizia o pernambucano radicado desde 1937 em Paris, onde foi amigo de Picasso, entre outros. Ele não economiza elogios à exposição. "É muito boa, magnífica mesmo. Só aconteceu alguma coisa parecida em 1931, quando Lúcio Costa fez um panorama da pintura brasileira no Rio", afirmava, referindo-se à exposição organizada pelo urbanista que projetou o traçado de Brasília. Dias só não concorda com o conceito da "Bienal Brasil" –o de que a arte brasileira só se tornou autônoma em relação aos modelos internacionais no início dos anos 60. "Esse conceito pressupõe que um artista superou o outro e isso não existe em arte. Nada é mais moderno do que a arte pré-histórica. Está tudo lá". Texto Anterior: Bienal leva 8.000 ao Ibirapuera no 1º dia Próximo Texto: Motoristas e cobradores param no ABC Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |