São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 1994
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Motoristas e cobradores param no ABC

DA FOLHA ABCD

Cerca de 1.200 motoristas e cobradores de ônibus do ABCD decidiram entrar em greve a partir da 0h de hoje.
A greve foi decidida em assembléia que teve início às 19h de ontem e durou até as 21h. A categoria é composta por cerca de 10 mil trabalhadores.
A medida afeta 320 mil usuários de transporte coletivo na região que usam cerca de 1.500 ônibus nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires.
A greve, segundo Cícero Bezerra da Silva, presidente do Sindicato dos Condutores do ABCD, foi a última alternativa dos trabalhadores.
"Fizemos de tudo para evitá-la, mas os empresários se negaram a repassar 34% da inflação de fevereiro para a categoria", disse Silva.
Outro ponto da pauta de reivindicações dos condutores é a unificação dos pisos salariais das empresas públicas e privadas.
Com a introdução da URV, os 4.000 trabalhadores das empresas públicas passaram a receber 32 URVs a mais que os trabalhadores das empresas privadas.
"Para os motoristas, a diferença é de 32,15 URVs e para cobrador é de 18,56 URVs", disse Cícero.
Revezamento
Os motoristas em greve vão se revezar para manter 30% da frota circulando. Esse é o número mínimo exigido pelo Tribunal Regional do Trabalho para que a greve não seja considerada ilegal.
Mesmo assim, o presidente do sindicato ressalta que vão ser feitos piquetes nas portas de garagens.
Empresas
As empresas de ônibus públicas na região são três (ETCD de Diadema, ETC de S. Bernardo e EPT de Santo André). Elas reúnem 4.000 trabalhadores.
Os motoritas e cobradores das empresas públicas também vão aderir ao movimento.

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