São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 1994
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Ônibus bate e 2 morrem em Jundiaí

SARA SILVA
DA FOLHA SUDESTE

Duas pessoas morreram e 38 ficaram feridas em acidente com um ônibus e um caminhão no km 55 da rodovia dos Bandeirantes, em Jundiaí, ontem às 5h45.
Foi o sétimo acidente de ônibus em estradas do país com mortos neste ano. Pelo menos 53 pessoas morreram.
No acidente de ontem, o ônibus, que vinha de Monte Alto (região de Ribeirão Preto), bateu na traseira de um caminhão Mercedes Benz e jogou-o para o barranco à direita da pista.
Ambos viajavam no sentido interior-São Paulo. A Polícia Rodoviária trabalha com a hipótese de o motorista do ônibus Djalma de Farias, 41, ter dormido ao volante.
Com o impacto, o caminhão caiu e ficou com as rodas para cima. O proprietário do caminhão, Aparecido Donizete Torres, 34, e seu ajudante Isael Arusa, 37, –que dirigia o veículo– morreram na hora. Ambos eram de Jaguariúna.
O ônibus, desgovernado, cruzou a pista, invadiu o canteiro central e acabou parando na outra pista da rodovia. Nenhum veículo passava naquele momento.
O caminhão transportava uma carga de 12 toneladas de Maizena, produzida pela Refinações de Milho Brasil. A carga ficou espalhada no acostamento.
Não houve congestionamento devido ao pequeno número de carros que passavam naquele trecho pela manhã e apenas uma faixa foi interditada.
O ônibus da Viação Petito, de Pradópolis, foi fretado por 46 pessoas de Monte Alto para fazerem compras em São Paulo.
Segundo a funcionária da Viação Petito Ana Maria Ramos, os passageiros eram comerciantes e sacoleiros de Monte Alto.
Ela não soube dizer o nome da pessoa que organizou a excursão. O dono da empresa, Ademir Petito, estava resolvendo o problema do acidente em Jundiaí e depois em São Paulo e não foi encontrado pela Folha.
O gerente da transportadora Joaçaba de São Paulo, responsável pelo transporte da Maizena, Norberto Espessoto, disse que os dois ocupantes do caminhão não eram funcionários da empresa.
Eles foram contratados apenas para fazer o frete. Segundo Espessoto, a carga valia CR$ 25 milhões e está segurada.
Em fevereiro foram 21 acidentes com vítimas e 47 sem vítimas, com 2 mortos. Em março foram 11 mortos em 36 acidentes com vítimas e 66 sem vítimas. A polícia ainda não tem as estatísticas de abril.

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