São Paulo, sábado, 30 de abril de 1994
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Pinheiros pode ter mais desapropriações

PAULO SILVA PINTODA REPORTAGEM LOCAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura enviou à Câmara Municipal um projeto de lei que prevê desapropriações no largo da Batata e em ruas próximas, em Pinheiros (zona oeste).
O coordenador do Movimento Pinheiros Vivo, Horácio Galvanese, afirma que a prefeitura necessita dessa obra para a extensão da avenida Faria Lima.
O secretário de Obras, Reynaldo de Barros, nega e afirma que o objetivo da obra é melhorar pontos finais e trajetos de ônibus.
Não está definido quanto de terreno vai ser desapropriado. O largo da Batata ganharia área entre as ruas Teodoro Sampaio e Cristóvão Gonçalves.
O projeto prevê uma ligação entre o largo e a rua Sumidouro, que vai até a Marginal Pinheiros. A rua Eugênio Medeiros, transversal da Sumidouro, seria alargada.
Segundo Barros, isso vai permitir que os ônibus passem pela ponte Bernardo Goldfarb, sobre o Rio Pinheiros, no sentido Pinheiros-Butantã.
Hoje os ônibus com destino ao Butantã cruzam o rio pela saturada ponte Eusébio Matoso. A Bernardo Goldfarb tem só um sentido (Butantã-Pinheiros).
Os ônibus ganham uma nova área no largo da Batata, segundo Barros, por causa da estação de metrô prevista no local.
Mas a transferência dos pontos de ônibus também é indispensável para que um novo trecho da avenida Faria Lima passe pelo local, segundo Horácio Galvanese.
As outras desapropriações para a extensão da Faria Lima já estão previstas em lei, aprovada em 1968. Neste ano, porém, o largo da Batata e os pontos de ônibus ainda não existiam.
"Sem esse novo projeto não há extensão da Faria Lima. Mas se admitir isso, a prefeitura assume que está usando uma lei ultrapassada", diz Galvanese.
O vereador Maurício Faria (PT) diz que a prefeitura não tem dinheiro para novas desapropriações. "Não tem sequer para o que já está aprovado".
O secretário Celso Pitta, das Finanças, afirma que precisa "estudar melhor o caso" para dizer se há dinheiro ou não.
Segundo Reynaldo de Barros, não vai custar nada a desapropriação de uma parte do terreno onde a Cooperativa Agrícola de Cotia constrói um shopping center, entre as ruas Teodoro Sampaio e Pedro Christi.
"Vamos dar a eles o pedaço de uma rua nos fundos", diz.

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