São Paulo, terça-feira, 3 de maio de 1994
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Patrocinador não substitui Senna

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Nacional informou ontem que não buscará uma personalidade esportiva para que ocupe o lugar de Ayrton Senna.
"Não é possível substituir Ayrton", disse Carlos Pousa, 37, gerente de comunicação do Nacional, cuja logomarca estampava o capacete, boné e macacão usados pelo piloto.
Para explorar a imagem de Senna em peças de merchandising e comerciais, o Nacional investiria US$ 1,2 milhão este ano, o dobro do desembolsado em 1985, quando começou a vigorar o contrato de patrocínio pessoal.
Imagens do piloto vão surgir na TV associadas à instituição pela última vez amanhã, quando deve ser veiculado um comercial institucional em sua homenagem.
"Obrigado, Ayrton, pelos domingos que você nos deu", dizia um anúncio publicado ontem na imprensa.
Ao fazer um balanço de quase dez anos de atuação conjunta, Pousa destaca o empenho do piloto:
"Por duas vezes ele subiu ao pódio com o boné do Nacional, uma forma de homenagear o Brasil. Chegou a ser admoesestado pela Fisa. Era obrigatório usar o de um fabricante de pneus".
O boné com a assinatura de Senna tornou-se a peça de merchandising mais popularizada do banco. Cerca de 1,5 milhão de unidades foram distribuídas aos clientes.
Pousa conta que apenas uma vez, em 1991, o banco realizou uma pesquisa para calcular o retorno dessa exposição.
Foram computados os minutos de TV e as fotos de mídia impressa que mostravam Senna com a logomarca.
O Nacional teria de investir valor dez vezes superior ao do contrato para obter o mesmo grau de exposição em espaço publicitário. "Diante disso, desistimos de fazer novas pesquisas", afirma.
A direção planejava encarregar Senna de formular o convite para a festa do cinquentenário de fundação do banco.

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