São Paulo, quarta-feira, 4 de maio de 1994 |
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Falso cognato No julgamento de Fiuza na Câmara, Roberto Cardoso Alves (PTB-SP) ficava tirando do bolso um pedaço de papel, que mostrava animadamente aos seus pares. No dia seguinte, os jornalistas conseguiram ver o que era: uma foto que o deputado trouxe de sua viagem a Roma na Semana Santa. Nela, um outdoor de campanha de uma candidata ao Parlamento italiano. Uma mulher loira, de costas para o observador, usando apenas uma calcinha de renda preta. E a frase: "Vote Roberta. Per l'Italia rimasta in mutande". O deputado disse que isso não aconteceria no Brasil, pois os eleitores preferiam mulheres sérias. Atenta à foto, uma jornalista que viveu na Itália brincou: – É uma alusão ao episódio Lilian Ramos, né, deputado? – Não, é sobre a "Itália que está mudando". A jornalista corrigiu: – Não, deputado. É "Vote Roberta. Para a Itália que ficou de calcinhas", ficou em roupas de baixo, ficou exposta. Robertão, vermelho, guardou a foto, resmungando: – Deve ser um trocadilho para enganar brasileiro. Texto Anterior: Menos pior; Rumo à cristianização; Não me comprometa; Reflexo financeiro; A volta por cima; Atrás do prejuízo; Ocasião; Vidente aposentado; Conselho de amigo Próximo Texto: Inocêncio vai propor fim da revisão se nada for votado até amanhã Índice |
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