São Paulo, quarta-feira, 4 de maio de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Christian diz que pode abandonar Fórmula 1
MÁRIO MOREIRA
A declaração foi feita às 8h30 de ontem, no Aeroporto de Cumbica, onde o piloto acabara de desembarcar, após chegar da Europa. "Mas ainda está tudo muito quente para eu pensar no assunto", disse. "No momento, não tenho condições de avaliar. Preciso de um tempinho para assimilar melhor a morte do Senna", disse. Christian contou que chegou a pensar em não correr o GP de San Marino, devido à morte de Roland Ratzenberger e ao acidente de Rubens Barrichello. Na segunda-feira, a mãe de Christian, Suzy Fittipaldi, dissera que gostaria de pedir ao filho para que abandonasse as pistas. Ontem, ela foi ao aeroporto e se disse contente por tê-lo "de volta ao colo". Às 11h30 de ontem, no escritório da Fittipaldi Promoções, empresa da família, Christian afirmou que, enquanto estiver motivado e achar boas as condições de segurança, continuará na Fórmula 1. Christian disse que a pista de Imola, onde ocorreu o GP de domingo, é "bem segura". "O problema são dois ou três pontos onde os carros andam muito rápido." Ele preferiu não condenar o diretor técnico da Williams (equipe de Senna), Patrick Head, que atribuiu o acidente do tricampeão da F-1 a uma falha humana. Junto com Barrichello e o piloto português Pedro Lamy, que foram à Fittipaldi Promoções, Christian disse ser importante a união dos pilotos pela melhoria das condições de segurança nos autódromos. "Algo tem que ser feito, porque não estamos lá para morrer. O risco faz parte da Fórmula 1 até certo ponto. Se ficar perigoso demais, estou fora", disse Christian. Texto Anterior: Xuxa visita irmã de Ayrton Próximo Texto: Piloto vira enredo de samba Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |