São Paulo, sexta-feira, 6 de maio de 1994
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HOMENAGEM; PORTUGAL

HOMENAGEM
O deputado estadual Milton Casquel Monti apresentou projeto de lei denominando a SP-70, rodovia dos Trabalhadores, de Ayrton Senna da Silva, em homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1.

3.000 pessoas assistiam a passagem do cortejo no cruzamento das avenidas Rebouças e Brasil, às 10h

10 minutos foi o tempo que a multidão levou para se dispersar após a passagem do corpo de Ayrton Senna pela av. Brasil.

100 policiais militares trabalhavam na esquina das avenidas Rebouças e Brasil às 10h.

"As pessoas deveriam adorar a Deus em vez de adorar um corpo. Estou atrasada e não consigo passar pela passarela, tenho que atravessar a rua"
(Da empregada doméstica e evangélica Maria Lúcia dos Santos, 38.)

"Hoje o Senna perdoa tudo."
(De um vendedor ambulante para uma mulher que reclamava de estar atrasada para o trabalho, no meio da multidão.)

O empresário Antônio Ermírio de Moraes, que foi ontem de manhã ao velório de Ayrton Senna, disse que toda a manifestação de tristeza dos paulistanos representa "a desesperada luta do povo brasileiro em busca de uma liderança".
"Espero que a classe política entenda isso e reflita", disse o empresário.
Ermírio também disse esperar que os dirigentes da Fórmula 1 "tenham um pouco de decência com os pilotos e cuidem da questão da segurança".

José Erivaldo Batista, 25, gari da Prefeitura, deixou por um momento seu trabalho na av. Brasil, às 10h de ontem. Comprou uma bandeira e ficou com os colegas à espera da passagem do cortejo.

PORTUGAL
Todos os jornais portugueses fizeram chamadas de primeira página para o velório de Ayrton Senna. O destaque que a imprensa, a rádio e a televisão de Portugal deram para o cortejo fúnebre e para a comoccão dos brasileiros só se compara com a cobertura dada para a morte do primeiro-ministro do próprio país, Francisco Sá Carneiro, em 1979.

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