São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994
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Sonho era chegar a pentacampeão

DA REPORTAGEM LOCAL

A história do terceiro título de Ayrton Senna começa com uma vitória que marcaria a temporada. No GP do Brasil, em março de 1991, o câmbio da McLaren de Senna travou na sexta marcha.
Largara na frente e vinha mantendo uma vantagem sobre Riccardo Patrese (segundo colocado) cada vez menor. Acaba vencendo com meros três segundos de vantagem seu primeiro GP do Brasil.
Muitos duvidaram que ele pudesse pilotar um carro por uma pista molhada sem trocar de marchas.
Mas a câmara de TV instalada no carro mostra Senna fazendo curvas sem tirar as mão do volante, numa época em que as McLaren não tinham câmbio automático.
"Comparado a este dia, só 88, no Japão quando ganhei meu primeiro campeonato", dizia Senna.
Em 1991, teve que enfrentar a concorrência feroz das Williams de Manselll e Patrese, um carro mais bem acertado.
Disputa o campeonato contra Mansell com uma certa folga. A decisão fica novamente para Suzuka, no Japão.
O companheiro Berger fica incumbido de sair na frente, enquanto Senna largaria em segundo para tentar conter Mansell, que precisava da vitória.
Na 10ª volta, Mansell sai da prova, Senna ultrapassa Berger só para depois deixar o colega de escuderia passá-lo, a menos de 50 m da chegada. No dia 20 de outubro de 1991, Senna sagra-se tricampeão.
Pensava no tetracampeonato. Queria receber o troféu do pentacampeão Juan Manoel Fangio. A idolatria era mútua.
Os dois anos seguintes foram marcados pela hegemonia da Williams. Dos 32 GPs disputados, a Williams vence 21, a McLaren, 10 e a Benneton, apenas 2.
Em 1992, Mansell conquista o título mais antecipado da F-1, faltando ainda cinco GPs. Em 1993, foi a vez de Prost levar o tetracampeonato.
Senna troca a decadente McLaren pela Williams em 1994. Queria o tetra.

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