São Paulo, domingo, 8 de maio de 1994 |
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Mercado espera URV ascendente este mês
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
"A URV se eleva. Começou baixa", diz Pedro Bodin, ex-diretor do Banco Central e, atualmente, no Banco Icatu. Dois dos índices que compõem a URV, o da Fipe e o do IBGE, serão os responsáveis por isto. Bodin diz não saber se esta defasagem acabará redundando em perda nos preços corrigidos pela URV, como câmbio ou salários. "Não sei se há esta concentração de pagamentos de salários na primeira semana do mês. Muitas empresas pagam no final do mês, outras antes do vencimento", diz. O fato é que o BC está numa situação desconfortável. Se errar a mão e elevar a URV além da conta, a alta pode servir de pretexto para nova aceleração dos preços. Funciona como uma profecia que se auto-realiza. Mas se a URV ficar baixa, o índice pode perder credibilidade, o que representaria um tiro no pé. É preciso lembrar que todos os instrumentos que o governo está criando para operar a transição para a nova moeda são indexados (corrigidos) pela URV. O problema é que "todos os índices ponta-a-ponta apontam para uma desaceleração do ritmo de reajuste, especialmente de alimentos", afirma Bodin. Por isto, para ele, parece natural que o BC procure agir com cautela e de forma absolutamente conservadora. A URV pode ficar abaixo das projeções atuais de parte do mercado. Mas os juros estão altos o suficiente para "cobrir" até mesmo os índices mais salgados de inflação. A caderneta e o fundo de commodities continuam como as melhores alternativas. Texto Anterior: Estimativas erram alvo e arranham consultores Próximo Texto: Lista dos bancos que ganharam é pequena Índice |
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