São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 1994 |
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Supermercado adota URV antes do real
FÁTIMA FERNANDES
Antes de adotar o novo indexador, porém, representantes dos supermercados vão se reunir na próxima segunda-feira para discutir como operacionalizar seu uso. Segundo Omar Assaf, vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), um dos problemas diz respeito à Secretaria da Fazenda de São Paulo. A dúvida é sobre se a Fazenda vai ou não exigir a expressão das faturas em URV e em cruzeiros para efetuar a incidência do ICMS. Segundo Assaf, se os preços tiverem que ser expressos em cruzeiros reais, as máquinas terão que ser adaptadas para a conversão. As dúvidas dos supermercadistas serão levantadas durante toda a semana. "Só depois disso vamos tomar de fato uma posição." Firmino Rodrigues Alves, vice-presidente da Apas, disse ontem pela manhã, antes da reunião do setor, que as lojas ainda não estão preparadas para fazer a conversão de preços para URV. "As lojas de Marília, Ribeirão Preto e São José dos Campos já informaram que não vão expressar preços em URV", diz Alves. Ele conta que os preços em cruzeiros reais estão acompanhando a correção da URV e são alterados a cada 5, 7 ou 10 dias. Rodrigues Alves diz que o aumento semanal de preços em cruzeiros reais está em torno de 11%. Segundo ele, as tabelas de preços, em URV, de boa parte dos fornecedores não foram reajustadas neste mês. "Sentimos pressão de algumas indústrias para aumento real de preços de alguns produtos, como derivados de tomate." Lojas de eletroeletrônicos vão continuar com preços em cruzeiros reais até a estréia do real. Texto Anterior: Leite interditado pela Vigilância Sanitária é liberado em todo Estado Próximo Texto: Cai ritmo de demissões na indústria de SP Índice |
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