São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 1994
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Dieese apura inflação de 48,26% em abril; para FGV, taxa é de 42,46%

DA REDAÇÃO E DA SUCURSAL DO RIO

Os institutos de pesquisa de preço continuam apurando taxas discrepantes para a inflação de abril.
Depois dos 46,22% apurados pela Fipe, e dos 40,91% do IGP-M, o ICV (Índice de Custo de Vida), calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), atingiu 48,26% em abril.
A taxa é 2,76 pontos percentuais superior à de março.
Já o IGP (Índice Geral de Preços) medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) recuou 2,37 pontos percentuais e fechou o mês em 42,46%.
Foi a maior taxa apurada pelo Dieese desde março de 90, quando foi editado o Plano Collor. Naquele mês, o índice chegou a 79,68%.
O ICV mede a variação do custo de vida para as famílias com rendimento entre um e 30 salários mínimos no município de São Paulo.
Para renda até cinco salários, a taxa ficou em 48,29%. Para faixa até três mínimos, 48,17%.
Segundo o Dieese, de um total de 318 bens e serviços pesquisados, 148 tiveram reajustes superiores a 50%. As altas entre 30% e 50% atingiram 136 itens e apenas 34 apresentaram aumentos inferiores a 30%.
IGP
Os preços no atacado e os custos da construção civil foram os responsáveis pela queda do IGP, que é composto por três índices.
O IPA (Índice de Preços por Atacado), que corresponde a 60% do IGP, caiu de 43,65% em março para 40,20 em abril.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que representa 10% do índice global, caiu de 55,71 para 45,60, uma redução de 10,11 pontos.

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