São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 1994
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Comércio vende menos no Dia das Mães

DA REPORTAGEM LOCAL

O comércio da cidade de São Paulo vendeu menos neste início de mês. Nem o Dia das Mães alavancou os negócios.
As vendas a prazo caíram 9% entre os dias 1º e 8 deste mês sobre igual período de 1993, conforme pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base nas consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Os negócios à vista, medidos pelas consultas ao Telecheque (serviço telefônico de garantia de cheques) apontam recuo de 6,4%, segundo a ACSP.
A queda se deve a vários fatores, diz Marcel Solimeo, economista da Associação.
Até a morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna entra nas justificativas, por ter afetado "o estado de espírito da população".
A ACSP aponta também a atratividade das aplicações financeiras, a insegurança pré-real e a perda de poder de compra como fatores limitantes das vendas.
Solimeo disse que ainda não foi possível identificar em que setores as vendas cresceram mais. A queda das vendas no Dia das Mães já era esperada, afirmou.
Para o presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FCESP), Abram Szajman, as vendas cresceram "entre 7% e 8%" nesse Dia das Mães em relação ao de 1993.
Szajman baseia seu comentário em impressões que lhes foram transmitidas pelos lojistas. Para ele, o balanço é positivo. Os dados da FCESP são estaduais; os da ACSP, municipais.
O maior crescimento –ainda não medido– teria ocorrido entre os produtos de valor mais baixo, disse o presidente da FCESP.
Na semana passada, a entidade previa aumento de 10% a 12% nas vendas. As vendas teriam sido limitadas pelas incertezas na economia às vésperas de troca de moeda e a demora na chegada do frio.
A manutenção das temperaturas elevadas nesta época está retardando as vendas da moda outono-inverno, argumenta.

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