São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 1994
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Greves crescem em maio, diz Dieese

DA REPORTAGEM LOCAL

Maio é tradicionalmente um mês de crescimento dos movimentos grevistas segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
É neste mês que a maioria das categorias com sindicatos filiados ao Dieese tem data-base: 189. O segundo mês mais forte em datas-base é setembro, com 185 categorias.
"Há categorias fortes com data-base este mês, como condutores e metroviários de São Paulo e trabalhadores da Sabesp e Cetesb", afirma Sérgio Mendonça, diretor técnico do Dieese.
Também renegociam salários em maio os condutores de Campinas, do ABC, empregados da construção civil e dos setores de gás e minério.
Mendonça lembra também que, tradicionalmente após planos econômicos que mudam as regras salariais, há intenso movimento grevista.
Foi assim no Plano Cruzado, implantado em fevereiro de 86, no Plano Bresser e no Plano Collor.
"Não por isso não acredito em qualquer caráter eleitoral. Toda greve é política", disse Mendonça.
Categorias em greve
Segundo a CUT, estavam em greve ontem os servidores públicos federais do Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná (da Escola Técnica), Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
As mobilizações continuam também:
No Acre: cerca de 1.500 rurais estão acampados em frente ao Basa e Banco do Brasil.
Em São Paulo: professores da rede estadual, trabalhadores em água e esgoto da Sabesp e Cetesb, agentes da polícia federal, agentes da Polícia Federal, professores da Unicamp estão em greve.
No ABCD, estão parados os professores da rede particular.
Em Fortaleza, rodoviários estão em greve desde o dia 10.
Em Alagoas, os previdenciários fazem uma paralisação parcial.
No Espírito Santo, trabalhadores da saúde do Estado, previdenciários agentes da polícia federal e motoristas de carro-tanque.
Em outros Estados também há paralisações, segundo a CUT.

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